sábado, 16 de abril de 2011

Um Homem, Um Menino


Deparo-me com tal figura que se molda aos olhos de quem o observa, com tantas formas, tantos risos
És um ser que carrega uma aura clara,  limpa, um misto de sensações envolvidos em um único ser
Oras com traços de moleque arteiro, ora com olhar de questionador
Tem uma fome voraz de vida, de agir, de permanecer pulsante na horas que avançam aos teus dias
Arranca segredos de quem desejas com sorrisos que após despidos diante de tua imagem
Mas parecem confissões de uma criança travessa que já sabe que logo terá seu perdão
Abre portais diante de ti, onde tu  mais parece um desbravador, um aventureiro, um caçador de emoções  que estão bem a tua frente
Tais sensações e sentimentos tão palpáveis que quase os transforma de abstratos a concretos
Ainda busco com sorriso tolo no rosto de quem encontrou um novo confidente, de onde vem tanta amabilidade
Um ser inexplicavelmente moldável, ora por um escritor lunático que o tem moldado como um personagem envolvente
Ora como a companhia inesperada de horas de conversas tolas  e com tantas verdade
Onde junto à elas ecoam risos do duelo impensado de um ser tentar decifrar  outro, sem necessidade de devorá-lo
E então,  me toma de encantamento com sua simplicidade e a veracidade que impõe suas vontades
É como a sensação de duas taças de champagne, adocicada, envolvente e borbulhante
Que toma-nos o peito  de tal forma, assim como os pensamentos, de uma leve pulsar acelerado
Tens a sensibilidade de enxergar além  daquilo que tua íris te permite alcançar, vê o que palavras nem sempre dizem
Decifra gestos, rouba sorrisos e congela olhares em tua direção, petrifica olhares dos que não te conhecem e se entorpecem com tua beleza
Os que te vêem e se deixam tomar pelo que é externo nem imagina o dano ao perder o que é valioso em ti
Uma alma simples, assim como um veleiro livre ao vento, despojado da vontade do mar e embriagado com o hálito  fresco da maresia 
Te observo, com tuas escolhas,  teus caminhos, onde muitos vezes ainda te gerarão condenações sem julgamento
E então tu mesmo te absolverás da culpa que tentam jogar ao teus ombros,  sendo tu teu juiz e defensor 
Acreditando que tais culpas são apenas escolhas, estradas em um tal destino que te guiou sem bússola
E com esse dom de tocar-nos a essência, despejar-nos verdades com sorrisos de menino
Enternece-me sem despertar desejos vãos, ainda que muitos te vejam e se prendam ao que está externizado
Poucos ainda conseguirão te tocar em uma pequena parte de tua essência e compreenderão
Que teu mistério se desvenda quando tu permitir que um dia alguém te olho da maneira como tu nos vê.


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