Dancei entre colombinas e alerquins
Festejei uma alegria alheia que habitava em mim
Sorri, diante da multidão que passava e dissipei minha agonia
Bebi litros de alegria momentânea e voltei ao mesmo lugar
Essa ausência suja que é tão sua, esse desejo que é tão meu
Ao contrário do que tu pensas, o que me faz falta não é teu corpo
É esse sorriso bobo, essa carência que só eu vejo, esse desejo tão ardente
Tua presença me conforta, me faz sorrir, meus olhos ardem ao não enxergar tua silhueta
Não precisa de muita, só chega mais perto, não me tornas dependente daquilo que nunca será meu
Tu que é filho da Boemia e ausente de querer alheio, me faz bem ao sorrir pensando em ti
Nem sonhas tu o que despertas em mim, tão vulnerável segredo que não suporto guardar
Mas que levarei em minha alegria, pois, só de saber que me notas, já me completa ao existir
Antes escreviamos cartas com sentimentos abafados nunca entregues aos seus destinatários, agora resolvi versar minhas dores, com o passar de um tempo meu e também da vida que segue, descobri que minha felicidade é um segredo, não o compartilho em letras, apenas sorrisos. Hoje tenho um pouco de tudo, porém, apenas como lembranças silenciosas que uma hora ou outra neste lugar tão meu Sussurrarei em letras, o que minha alma senti e seus olhos lêem.
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