quarta-feira, 16 de março de 2011

Teus medos, teu segredo

Me acostumei com tua presença infantil
Com o olhar debochado, com os olhos marejados pedindo socorro
Com tuas bonecas velhas e teu vestido rodado que dança com o vento
Tu és um faxo de luz no escuro caminho da vida que segue
É a minha alegria ao lembrar porque volto pra casa
Tumultua minha rotina desequelibrada nos dias de chuva e de sol
Afasta meus maus pensamentos, mesmo que perpetuando os seus em tua alma
Arranca-me sorrisos e de todos que te rodeiam, com a mesma facilidade que nos fazes chorar
És um furacão, um terremoto um tsunami que adentra em nossa vida e tudo desfaz
E nos olha com olhos de criança, com as mãos erguidas e cara de bom entendedor
Acalma-nos e aterroriza-nos com teus pesadelos de criança, nos sonhos de uma mulher
Tua curiosidade com esse misto de medo, cega a qualquer um que te olha
Não estás perdida minha pequena, mesmo que te sintas sozinha e perdida não estás ainda
O que tu procuras não está ainda nesse plano, ainda não foi inventado, pois são projetos secretos
De pensamentos esquecidos, guardados em uma infância passada com um senhor de vestes negras
Que até hoje zela por teus anseios e trabalha no silêncio pra que tu não te percas em ti mesma
Pois, o que não te chega ao entendimento nada mais é que segredos teus guardados
Que tu ainda irá nos contar.

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